30 DE AGOSTO: DIA NACIONAL DE PARALISAÇÕES DA CLASSE TRABALHADORA

30 DE AGOSTO: DIA NACIONAL DE PARALISAÇÕES DA CLASSE TRABALHADORA

30 DE AGOSTO

DIA NACIONAL DE PARALISAÇÕES DA CLASSE TRABALHADORA

 

As empresas SERPRO  e DATAPREV tem mobilizações agendadas para este dia. Saiba mais lendo a matéria!

 

Todos os anos na DATAPREV e no SERPRO realizamos campanhas salariais em busca de melhores salários e melhores condições de trabalho, entre outras reivindicações. Professores, bancários, petroleiros, trabalhadores dos correios, trabalhadores da construção civil e demais categorias também se enfrentam com patrões e governos por essas mesmas reivindicações.

 

Todas as centrais sindicais, inúmeros sindicatos e vários movimentos sociais do Brasil vão realizar a paralisação unificada de várias atividades, empresas e serviços e estarão nas ruas nesse dia 30 de agosto por todo país. A proposta é cobrarmos todos juntos dos patrões e governos o atendimento imediato da pauta comum de reivindicações dos trabalhadores brasileiros. Juntos somos mais fortes!

 

Assim, nesse dia 30 de agosto várias categorias vão paralisar suas atividades e unir suas lutas nas campanhas salariais com as lutas do conjunto dos trabalhadores.

 

O SINDPDSC chama os trabalhadores a debaterem na próxima assembleia a adesão a este dia de mobilização, unindo a luta da campanha salarial com a luta pelo direito do conjunto dos trabalhadores.

 

 

Calendário de Atividades dos Trabalhadores da DATAPREV e SERPRO

– 29 DE AGOSTO: Assembleia às 10h em primeira convocação e às 10h30 em segunda convocação em frente ao prédio da empresa. A assembleia no SERPRO ocorrerá nesse mesmo dia às 14h em primeira chamada e às 14h30 em segunda convocação, no estacionamento. Em pauta a paralisação do dia 30 de agosto e a situação da campanha salarial. Compareça!

– 30 DE AGOSTO: Paralisação de 24h das atividades nas duas empresas.

 

 

Contrapropostas dos Trabalhadores na DATAPREV e SERPRO

 

1) Contraproposta dos Trabalhadores da DATAPREV para a campanha Salarial

Reajuste salarial e no adicional de atividade pelo INPC (que foi maior do que o IPCA oferecido pela empresa) e mais 5% de ganho real;

Reajuste do tíquete alimentação pelo índice da refeição fora de casa medido pelo DIEESE e não pelo IPCA como propõe a empresa. O índice da alimentação fora de casa do DIEESE foi de 10,83%. Além disso, propomos a recuperação da perda do ano passado que foi de 3,99%. O que totaliza 15,25% de reajuste;

Fim das demissões imotivadas;

– Paralisação de 24h na DATAPREV no dia 30 de agosto.

 

2) Contraproposta dos Trabalhadores do SERPRO para a campanha Salarial

– Reajuste salarial pelo INPC que foi de 7,16% e mais 3% de ganho real;

– Reajuste do vale alimentação de acordo com o índice da refeição fora de casa medido pelo DIEESE que foi de 10,83%. O índice oferecido pela empresa (6,49%) não reflete a subida de preços dos alimentos que houve, trazendo mais prejuízos aos trabalhadores;

– Pagamento de auxílio-creche e reembolso escolar de acordo com o que é pago na DATAPREV.

– Pagar imediatamente o PPR 2012;

– Construção de um calendário nacional unificado de lutas com indicativo de 24 horas de paralisação no dia 30 de agosto. Adesão de mais 5 estados para a paralisação;

– Caso não haja avanço por parte da empresa nas negociações buscar a mediação do TST.

 

 

CONHEÇA A PAUTA UNIFICADA DO DIA 30 DE AGOSTO

 

– Contra o Projeto de Lei 4330/04 que promove a terceirização indiscriminada:

Dados do DIEESE mostram, que em relação aos demais trabalhadores contratados pela CLT, o terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de 03 horas semanais a mais, ganha 27% a menos e é vítima em 80% dos casos de acidente do trabalho. O pior é que a terceirização hoje cresce sem parar. O Brasil já tem cerca de 10 milhões de trabalhadores terceirizados, o equivalente a 31% dos trabalhadores com carteira assinada no país. Este projeto de lei, que está para ser votado no próximo dia 04 de setembro, se aprovado, promoverá a terceirização de maneira indiscriminada nas atividades-meio e atividades-fim, tanto nas empresas e serviços públicos, quanto nas empresas privadas. Assim, vai piorar em muito as condições de trabalho e vida dos trabalhadores e empresas como SERPRO e DATAPREV poderiam ir substituindo rapidamente trabalhadores concursados por terceirizados que ganham bem menos em todas as áreas.

 

– Fim do Fator Previdenciário e Aumento das Aposentadorias:

A reforma da previdência de 1999 de FHC acabou com o direito do trabalhador de se aposentar pelo INSS com aposentadoria integral e instituiu o Fator Previdenciário que diminuiu o valor das aposentadorias e aumentou o tempo de contribuição. Em 2010 o Congresso Nacional aprovou o fim desse fator, mas Lula vetou. Agora lutamos para que o veto de Lula seja votado e derrubado acabando com o fator previdenciário. Exigimos vida digna para quem muito contribuiu com nosso país.

 

– Melhoria na qualidade dos Transportes Coletivos e Redução do Preço das Passagens:

Vemos como a vida é estressante nas cidades. Trânsito engarrafado e ônibus lotados, caros e com poucos horários. Isso acontece porque o transporte público hoje está totalmente privatizado. Lutamos para mudar isso com mais investimentos e a garantia de um transporte público de verdade, acessível a todos e com qualidade.

 

– 10% do PIB na educação pública e 10% do Orçamento na Saúde Pública:

Todos sentem na pele a atual situação da saúde e educação públicas. O país tem quase 13 milhões de analfabetos e apenas 19% dos jovens consegue ter acesso ao ensino superior. Relatório da Organização Mundial de Saúde deu o 125º lugar ao Brasil em termos de qualidade no sistema de saúde num ranking de 191 países. Nem os planos de saúde hoje atendem as demandas de seus usuários. Defendemos mais investimentos públicos, valorização dos profissionais da área e o fim da privatização desses serviços para que todos tenham pleno acesso.

 

– Fim dos Leilões do Petróleo Brasileiro:

Dilma já colocou a venda uma quantidade de petróleo que, revertida em dinheiro, foi maior do que o último PIB (soma de todas as riquezas do país em um ano) contabilizado. Em maio deste ano, no último dos leilões ocorridos do petróleo brasileiro, uma riqueza contida numa área maior do que o país de Portugal, cujo valor é de 3 trilhões de dólares, foi leiloada por 2,8 bilhões de reais pelo governo federal. Não contentes 140 novos blocos serão leiloados em outubro deste no 12º leilão, onde estão incluídos blocos do pré-sal. Essa é uma grande riqueza do país que poderia ser investida no seu desenvolvimento, mas que está sendo entregue praticamente de graça para empresas voltadas ao lucro privado. Lutamos pelo fim da entrega do patrimônio e das riquezas brasileiras.

 

– Redução da Jornada de Trabalho sem Redução Salarial:

A luta pela redução da jornada de Trabalho remonta aos tempos da primeira revolução industrial, ainda no século XIX, quando se trabalhava por até 16 horas por dia. Todas as categorias continuam lutando pela redução da jornada de trabalho, pois longas jornadas, como a atual de 44 horas semanais, ou até mesmo a jornada de 40h semanais, continuam a trazer inúmeras doenças e acidentes de trabalho. Trabalhar menos para ter mais qualidade de vida e mais tempo livre.

 

– Reforma Agrária:

O Brasil possui uma das piores distribuições de terra do mundo. Os dados do último censo agropecuário do IBGE evidenciam a alta desigualdade na distribuição da posse da terra no Brasil, caracterizada pela enorme proporção da área total agrícola ocupada pelos estabelecimentos com área maior ou igual a 100 hectares. Eles representam apenas 9,6% do total de estabelecimentos agrícolas no país e ocupam 78,6% da área total dedicada à atividade agropecuária, ao passo que aqueles com área inferior a 10 hectares constituem mais de 50% dos estabelecimentos e ocupam apenas 2,4% da área total. Exigimos terra para quem nela vive e trabalha!

 

– Salário Igual para Trabalho Igual:

No Brasil, o último censo demográfico do IBGE, mostrou que as mulheres são mais da metade da população e já tem mais anos de estudo do que os homens, mas ainda têm menos chances de emprego, ganham menos do que os homens trabalhando nas mesmas funções e ocupam a maioria dos piores postos de trabalho. O censo mostrou que as mulheres recebem em média 30% menos que os homens. Essa situação deixou o país em 76º lugar num ranking de igualdade de gênero que envolve 146 países medido pela ONU (Organização das Nações Unidas). Lutamos pelo fim da discriminação da mulher no trabalho!

 

 

SINDPDSC – www.sindpdsc.org.br