ASSEMBLEIAS DA DATAPREV E DO SERPRO DE SANTA CATARINA REAFIRMAM A NECESSIDADE DA UNIDADE NA LUTA DA CATEGORIA
No dia 13 de junho aconteceram assembleias no SERPRO e na DATAPREV que reafirmaram a necessidade da unidade para lutar da categoria diante do arrocho salarial promovido pelo Governo Federal e a política terrorista das direções das empresas que ameaçam com demissões na DATAPREV e até mesmo rumores de que o SERPRO poderia “quebrar” devido aos processos de ações trabalhistas.
Categoria Rejeita Propostas das Empresas
As propostas da empresas foram apenas o IPCA (5,10%) e nada de ganho real, refletindo a política mais geral de arrocho salarial, cortes de verbas em áreas sociais e até privatizações (aeroportos, por exemplo) do Governo Dilma.
A categoria rejeitou a proposta nas duas empresas. As empresas podem dar mais e os trabalhadores sabem disso, pois sobram os cargos comissionados, o governo bate recordes de arrecadação e o setor de TI cresce a taxas altíssimas no país com o setor público sendo o principal consumidor e as empresas públicas tendo muitas possibilidades de crescer.
Para piorar, as direções das empresas apostam numa política terrorista sobre os trabalhadores para que estes não se mobilizem. Na DATAPREV foram mais de 70 demissões com a campanha salarial já iniciada, agora os descontos e compensações da greve de 2011 e, como se fosse pouco, proíbe a realização de assembleias dentro da empresa em estados que participaram fortemente da greve ano passado.
No SERPRO, com o desrespeito das direções da empresa aos direitos dos trabalhadores, temos várias ações trabalhistas que envolvem o RARH de MG, horas extras, Plano de Saúde, FCT/FCA e outras, sendo que algumas possuíram resultado favorável aos trabalhadores. Diante disso, a direção do SERPRO, lança rumores de que a empresa pode “quebrar”, “fechar” e outros absurdos devidos a essas ações judiciais.
São verdadeiros assédios morais coletivos sobre os trabalhadores.
FENADADOS faz o jogo das direções das empresas: Rejeita a unidade para lutar!
A FENADADOS, infelizmente, mais uma vez faz o jogo das direções de empresas ao rejeitar a unidade para lutar. Os sindicatos, OLTs e ANED que participam da FNI fizeram um grande chamado à unidade para mobilização da categoria aos sindicatos, OLTs e, inclusive, a FENADADOS, a partir das demissões na DATAPREV. Importantes atos unitários chegaram a ser realizados em Brasília e nos estados contra as demissões. Agora a FNI propôs estender essa unidade para a campanha salarial. A FENADADOS negou.
Nas mesas de negociação com a direção das empresas a federação impediu que as representações da FNI participassem como observadores delas, chegando a se valer de seguranças para isso, com a conivência das direções da DATAPREV/SERPRO. Agora, na DATAPREV, na mesa de negociação da campanha salarial, a FENADADOS se nega a incluir na pauta de reivindicações a garantia de emprego e outras clausulas importantes para os trabalhadores, como o GEAP e o adicional de atividade. No SERPRO, a FENADADOS nesse momento negocia a perda de autonomia das OLTs frente aos sindicatos passando o controle das eleições a estes, e também negocia outros absurdos sem consultar a categoria, como o abatimento de ações trabalhistas no SERPRO sobre horas extras.
Trabalhadores apontam a construção da mobilização como saída
Os trabalhadores reunidos nas duas assembleias apontaram a saída: construir o processo de mobilização do conjunto da categoria.
Foram rejeitadas nas assembleias as propostas das empresas de reajuste sem ganho real. Foi reafirmada a necessidade de todas as representações sindicais dos trabalhadores participarem da mesa de negociação. No SERPRO foi rejeitada também a transferência do controle das eleições das OLTs aos sindicatos. Na DATAPREV foi reforçada a necessidade de se lutar pelo ganho real e adicionar outros temas na mesa de negociação, como a garantia de emprego, o GEAP e o adicional de atividade. Na DATAPREV, também foi encaminhada a ida à justiça para se buscar o pagamento do retroativo do adicional de atividade corrigido pelos reajustes salariais obtidos e não repassados a este adicional.
Nos próximos dias será realizada na DATAPREV e no SERPRO de Santa Catarina a enquete que a FNI propôs nacionalmente. Foi também distribuída aos trabalhadores uma cartilha com breve histórico para o debate da desfiliação do SINDPD/SC da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da Fenadados (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados, Serviços em Informática e Similares), entidades que perderam sua independência diante de governos e direções de empresas e não mais representam os interesses dos trabalhadores de TI. A assembleia de desfiliação do SINDPD/SC acontecerá no dia 25 de julho.
SINDPD/SC – www.sindpdsc.org.br