Direção do Serpro diz que vai diminuir as caixinhas, será?
E como ficarão as caixas grandes?
Quando assumiu o atual presidente, seu diretor superintendente Paganotto visitou as regionais e informou que era um absurdo a quantidade de caixinhas que haviam no Serpro. Achincalharam os trabalhadores dizendo que produziam pouco e também afirmaram que o Serpro cobrava muito caro pelos seus serviços.
O que mudou de 2007 para cá?
Foram criadas mais duas diretorias, algumas superintendências, muitos departamentos, dezenas de gerências etc. Em 2010, foi o auge da criação de novas GFCs. Muitos amigos foram bem recompensados. Chegou-se ao cúmulo de ter assessores da diretoria nas regionais, coisa que nunca havia acontecido na empresa. Qual o papel de todos esses senhores?
Em alguns setores da empresa, as chefias estão fazendo reunião para comunicar sobre as pretensas medidas; em outros, o silêncio vigora.
O Serpro e os balanços negativos. E 2011 como ficou?
Até 2007, o Serpro vinha tendo balanços positivos. Tanto que em 2008, recebemos o maior valor já pago de PPLR. De lá para cá, coincidentemente, o balanço começou a minguar e, em 2010, chegou ao cúmulo de ter um balanço de mais de cento e setenta milhões negativos, com direito a relatório da AGU questionando pesadamente a gestão da empresa. Extra-oficialmente, os comentários dão conta de que o balanço de 2011 também foi negativo. A pergunta é, qual a repercussão para os trabalhadores por todo esse retrocesso.
Dois anos dessa gestão, ACT só com a inflação e sem PPLR! Onde isso vai parar?
Empresa gera ações judiciais
Foi nessa gestão que foram tomadas atitudes drásticas em relação à FCT/FCA, causando prejuízos aos trabalhadores. Para defender seus direitos, os trabalhadores encaminharam centenas de ações judiciais que começaram no RS, mas estão hoje em todo o Brasil. Agora ouve-se falar que a empresa está estudando incorporar esses valores. O detalhe é que continuam a reduzir os valores.
Outro problema que demoraram a resolver foi sobre o cálculo das horas extras. Já são muitas ações judiciais em andamento. O Serpro tem contrato com um importante escritório jurídico de Brasília para se defender contra o indefensável, muito dinheiro gasto.
Empresa ataca autonomia e livre organização sindical, e gasta dinheiro público para tentar barrar direitos na Justiça
É assustadora a posição da direção do Serpro que, para preservar suas relações de parceria com a Fenadados, cassa liberações de dirigentes sindicais pelo único fato de serem independentes e defenderem as reivindicações dos trabalhadores. No RS, chegaram a cortar plano de saúde de dirigente sindical que estava garantido pela Justiça. Cortaram da folha de pagamento após liminar garantindo a liberação sindical etc. Após perder na Justiça, mais uma vez a empresa recorre sem nenhuma necessidade e, com isso, gasta mais dinheiro público.
2012 precisamos nos organizar para lutar
O ano só está começando, mas muita coisa já está acontecendo e temos a Campanha Salarial. É necessário retomar forças para enfrentar o que está por vir!
Texto retirado do site do Sindppd/RS