Importantes sindicatos de todo o país exigem que Serpro e Dataprev negociem com os sindicatos da FNI

Importantes sindicatos de todo o país exigem que Serpro e Dataprev negociem com os sindicatos da FNI

Mais de 90 sindicatos, federações, oposições sindicais e organizações populares enviaram moções de repúdio à postura antidemocrática das direções do Serpro e da Dataprev e em apoio à campanha alternativa dos sindicatos, OLTs e FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática). Entre os assinantes, estão entidades importantes e com grande representação como o ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior), o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal de São Paulo e Sindicato dos Petroleiros de Sergipe.

Veja a seguir as entidades que exigem que Serpro e Dataprev negociem com a FNI, os sindicatos e as OLTs que organizam a campanha salarial independente e combativa do setor de TI (Tecnologia da Informação):

Entidades presentes na Reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas que aprovaram o texto de Repúdio às direções das empresas em Processamento de Dados (Serpro e Dataprev):

NDES – Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior; ADUFS-BA; APRUMA; ADUFCG; SINDUECE; SESDUFSM; SESDUEM; Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica; Federação Sindical e Democrática dos Trabalhadores Metalúrgicos de Minas Gerais; Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social; Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região-SP; Associação Democrática dos Metalúrgicos Aposentados de SJC e Região – SP; Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul-RS; Sindicato dos Comerciários de Passo Fundo-RS; Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu; Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Itajubá-MG; Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém-PA; Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza-CE; Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Fortaleza; Minoria do Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado Rio de Janeiro; Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II; Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Bayeux-PB; Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo-SP; Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru-SP; Sindicato dos Servidores Municipais de Belo Horizonte; Sindicato dos Empregados na Prefeitura de Passos; Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Raul Soares/MG; Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Betim/MG; Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte – MG; Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de BH e Região – MG; Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Formiga/MG; Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São João Del Rei/MG; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Goiás; Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro; Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Mato Grosso; Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal de São Paulo; Sindicato dos professores e professoras de Guarulhos; Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Confecção Feminina de Fortaleza; Sindicato dos Petroleiros de Sergipe e Alagoas; Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos de Pernambuco; Oposição do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo-SP; Minoria Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Petróleo do Estado do Rio de Janeiro; Minoria Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul-CPERS; Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto-MTST/SP; Movimento Urbano Sem-Teto (MUST-Pinheirinho); Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL); Movimento Luta Popular; ANEL – Assembleia Nacional dos Estudantes Livre; CASISO/UFBA; DAICB; MML – Movimento Mulheres em Luta; Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe; Fórum Social de Saúde de São Paulo; Núcleo de Cidadania e Direitos LGBT\MG; Minoria Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio Grande do Sul; Minoria Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo; Movimento Nacional de Oposição Bancária ? RJ e BH; Oposição APEOESP; Oposição Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias de Alimentação de São José dos Campos; Minoria Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de Minas Gerais; Oposição Sindicato dos Professores do Estado do Paraná; Oposição SINTEPP; Oposição ASSIBGE; Oposição Avançar com lutas; Oposição Comando de Base da Capital; Oposição dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas – RJ; Oposição Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro; Oposição Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos de São Paulo; Minoria Sindicato dos Advogados de São Paulo e Minoria Sindicato dos Químicos Unificados\Osasco.

Abaixo, divulgamos o texto da moção de repúdio:

 

Moção de Repúdio às direções das empresas em Processamento de Dados (Serpro e Dataprev)

A categoria de processamento de dados, exercendo o seu direito legitimo e legal, está em campanha salarial. Infelizmente as direções das empresas, em especial Serpro e Dataprev que são do governo federal, tem se recusado em negociar com os sindicatos da FNI(Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática).

A FNI é formada por sindicatos e trabalhadores de base com atuação em vários estados, como RS, BA, DF, RJ, SP, SC e SE. Esta Frente tem tentado cumprir a decisão de várias bases que desautorizaram a FENADADOS/CUT (Federação dos Trabalhadores em Processamento de Dados, filiada a CUT) em representá-los nas negociações.

As direções das empresas não podem interferir na livre organização dos trabalhadores. Já há um processo de perseguição contra os sindicatos que participam da FNI como o Sindppd/RS cujas demandas sindicais de sua base tem sido sistematicamente ignoradas pela direção do Serpro, inclusive a liberação de dirigentes para reuniões de diretoria. Está configurado que há uma prática antissindical contra a FNI e seus sindicatos que tem o direito legal de negociar em nome dos seus trabalhadores.

Não cabe a direção de nenhuma empresa de processamento de dados determinar quem vai representar os trabalhadores nas negociações. Principalmente porque na organização sindical em nosso país, quem tem o direito legal de representar os trabalhadores são os sindicatos. Se os trabalhadores decidiram que querem que os sindicatos os representem nas negociações e não a Fenadados, as direções das empresas não podem interferir nesta decisão.

Por tudo isso, as entidades presentes na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas que seguem especificadas, repudiam esta atitude e exigem que as empresas de processamento de dados reconheçam a legitimidade da FNI e abram negociação com os sindicatos cujas bases decidiram que eles os representem na negociação. Além disso, repudiamos todas as práticas das empresas que estão numa postura de perseguição contra os sindicatos que romperam com a Fenadados.

Por fim nos solidarizamos com os sindicatos e as bases que legitimamente decidiram em seus fóruns democráticos os rumos de sua campanha salarial e quem deve representá-los nas negociações.