Greve na Embrapa, paralisações no setor elétrico. O Serpro e a Dataprev querem pagar menos do que o IPCA
Nas duas categorias e na Infraero o DEST, órgão responsável pelo controle das contas das empresas estatais, autorizou junto com as direções das respectivas empresas apresentar reajuste do IPCA integral. No entanto as direções do Serpro e da Dataprev, também empresas federais, propuseram na “negociação com a Fenadados”, sem nenhuma vergonha, pagar reajuste parcelado, que na prática significa menos que o IPCA do período, pois com o pagamento da 2ª parcela somente em novembro, haverá uma perda significativa.
Por que essa diferença no tratamento para com os trabalhadores, se todas são empresas estatais federais – ou seja, negociam sob o comando do DEST? Por que Serpro e Dataprev querem pagar menos do que o IPCA? Seria o velho jogo de começar bem rebaixado para depois chegar ao IPCA integral ou tem alguma outra razão? Lembremos que nossa categoria foi uma das poucas que teve, em 2009, acordo de dois anos e compensação total da greve.
As direções das empresas, que não cansam de manifestar sua preferência em negociar com a federação, continuam a negar o direito legítimo de negociação com os sindicatos que se organizam na FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática). Já prevíamos dificuldades, mas as empresas estão se superando e os trabalhadores têm dado a resposta a essa forma de atuação das empresas.
Fato Histórico, várias reuniões da federação com as empresas sem nenhuma consulta à categoria
A federação e os sindicatos aliados conseguiram mais uma proeza: não realizaram nenhuma assembleia deliberativa sobre a campanha salarial 2011, após as ditas mesas de negociação com as empresas. Surgiu a informação, através de sindicato que participa das mesas da Fenadados e Serpro, de que estariam tratando também da incorporação da FCT/FCA. Vamos ficar atentos, pois não aceitaremos mais “acordos” sem a participação dos trabalhadores.
FNI, sindicatos e OLTs