A Fenadados colocou Andre Guedes presidente do Serpros?

Corre uma notícia de que Andre Guedes, diretor subjudice do Sindpd/RJ e participante das mesas de “negociação” das últimas campanha salariais, foi indicado para presidir o Fundo de Pensão dos Trabalhadores do Serpro. Até este momento não há nenhuma manifestação oficial.

As explicações vão aparecendo aos poucos sobre os motivos da parceria que acontece desde 2009 entre as direções do Serpro e da Dataprev e Fenadados e seus sindicatos. O calendário proposto pela Fenadados para a abertura da Campanha Salarial é no sentido de não fazer campanha salarial novamente. A notícia de sexta-feira (25 de janeiro), de que Andre Guedes é o novo presidente do Serpros, não é só mais um sinal, mas a demonstração cabal do papel que as direções do Serpro e da Dataprev e a Fenadados estão realmente negociando. Alguém acredita que esses sindicalistas estão com algum interesse em defender os interesses dos trabalhadores?Essa negociação de cargos vem acontecendo faz alguns anos; aliás, existem vários cargos que os tais sindicalistas, as correntes de TI do PT e a direção do Serpro negociam em conjunto: Serpro, Serpros, Dataprev, direção da Fenadados e eleições de alguns sindicatos. Está mais do que nítido tudo isso, e é por isso que fizeram de tudo para derrotar os trabalhadores na maior greve do Serpro dos últimos 15 anos, e na da Dataprev em 2011. Queriam tranquilidade para fazer essas “belas trocas de favor”. Agora também dá para entender os afagos do presidente do Serpro com o Guedes e outros diretores/as da Fenadados.

Fenadados: Assembleias no Carnaval sem pauta, sem plano de luta, sem trabalhadores?
Dar procuração para a Fenadados representar a categoria na campanha salarial significa isso: cargos para eles e nada para os trabalhadores. Apesar de a federação/sindicatos dizerem que não precisam de procuração, isso não é verdade, tanto que quando a Fenadados esteve na mediaçao no TST (Tribunal Superior do Trabalho) em 2012 durante a Campanha da Dataprev, ela teve que apresentar as procurações. Os trabalhadores que querem mudar a regra do jogo imposta por antecipação na campanha salarial, devem exigir mudança na data das assembleias, votações das procurações e uma pauta que contenha os reais interesses dos trabalhadores.

A categoria pode virar o jogo. Além do entreguismo, precisaremos enfrentar a política do governo!
Somente os trabalhadores podem virar este jogo. É preciso participar com tudo das assembleias, organizar ações e mobilizações, não aceitar o controle imposto pela federação e por sindicatos parceiros das direções das empresa/governos – e com o risco de recrudescimento da inflação. Mais uma vez é fundamental a participação dos trabalhadores para fazer a diferença e organizar uma campanha salarial de verdade.

Sindicatos e OLTs que constroem a FNI