CIASC: ASSEMBLEIA DOS TRABALHADORES REJEITA PROPOSTA DA EMPRESA E APONTA PERSPECTIVAS
Na assembleia dos trabalhadores do CIASC ocorrida no dia 04/10 (quinta-feira) foram debatidos dois temas fundamentais: o futuro da empresa e o Acordo Coletivo de Trabalho 2012/2013.
Num contexto onde 97% das negociações salariais deste ano obtiveram ganho real médio de 2,23% e apenas 3% não obtiveram ganho real, os trabalhadores decidiram por maioria rejeitar a proposta da empresa que concede apenas o reajuste salarial com base no INPC, mantém sem aumento/correção o vale alimentação e não avança nas outras cláusulas. Dinheiro para investir na empresa existe e também em seus trabalhadores (treinamento e melhores condições de trabalho), vide os milhões gastos com terceirização.
É importante também lembrar que em outras empresas estatais estaduais, como CELESC e CASAN, foi concedido ganho real. Para os trabalhadores do CIASC não. Na EPAGRI/CIDASC, apesar de até agora não ter sido concedido ganho real, foi concedido garantia de emprego. Para os trabalhadores do CIASC não. Se é possível ter essas garantias nas outras empresas estaduais, então é possível igualmente no CIASC. Por falar nisso, onde está a realização da promessa do presidente do CIASC João Rufino Sales e de seu Vice-Presidente Administrativo Lauro Andrade de que as conquistas obtidas nas outras empresas estaduais seriam estendidas aos trabalhadores do CIASC? Esqueceram-se? Era só promessa?
Foi decidido na Assembleia a formação de um Grupo de Trabalho aberto aos trabalhadores do CIASC para debater os rumos da empresa, levantar a real situação financeira da empresa e formular propostas alternativas a atual situação de inviabilização criada pelas últimas gestões de governo e empresa. Se você quiser integrar este grupo, procure o sindicato até o dia 15/10/2012.
É necessária uma ampla campanha na empresa e fora dela para enfrentar a política irresponsável das direções do CIASC e dos Governos que se sucedem, e que hoje está muito arraigada na empresa com a evasão de receitas para beneficiar o setor privado, deixando seus trabalhadores cada vez mais apreensivos e com menos perspectivas. Somente nos últimos dez meses deste ano, o governo gastou o mesmo valor pago ao CIASC com a terceirização dos serviços que o CIASC deveria ter desenvolvido (cerca de R$ 35.000.000,00 – dados do portal da transparência do governo). Precisamos virar o jogo, e fortalecer a empresa, pois não só para os mais recém-contratados empregados não haverá futuro, como também para os que pretendem se aposentar em breves anos vindouros, porque se não houver empresa, também não haverá complementação de aposentadoria e nem sequer plano de saúde. Os dois passam pelo fortalecimento e existência do CIASC, como empresa pública que presta serviços de qualidade, integridade e confiabilidade de dados/informações, integração de aplicações, performance das aplicações/sistemas, entre outros que cada vez mais vemos serem perdidos!
É hora de sairmos de nossa zona de conforto e lutar pela empresa, pois quem faz a gestão atual da empresa amanhã já não estará mais aqui e não tem nenhum compromisso com o CIASC, mas nós trabalhadores sim.